Daralí. O Mundo das Trevas, existente
entre o Mundo Humano e o Mundo dos Mortos. Um lugar de criaturas
bestiais e seres humanoides de assombrosos poderes, conhecidos como
demônios. Um mundo onde só sobrevive aqueles que nasceram para
matar. No extremo norte existe um gigantesco castelo negro, sede do
Reioni, um clã de assassinos altamente treinados nas mais diversas
artes de matar, movidos pela sua própria definição de justiça.
No vale rochoso a leste do castelo os
gritos de socorro de uma jovem faziam eco pelas paredes de pedra.
- Faça ela calar essa maldita boca! -
Dizia a voz gutural de um dos três trolls que desciam a trilha do
vale.
- Ela não para de se mexer. - Reclamava o
mais alto dos três que em seus ombros carregava o que parecia um
corpo encoberto por tecido que se movia demais.
A voz vinda do corpo amarrado era fina e
chorosa, não deixando dúvidas de que era uma garota jovem. O mais
velho deles jogou o embrulho contra a parede de pedra com violência
e o corpo silenciou. Esperava ele que houvesse matado a moça.
Os três trolls tiveram que parar sua
caminhada quando uma rocha grande demais caiu das paredes, bloqueando
o caminho. Algo certamente nada natural.
- Ah, essa gritaria está me incomodando. -
Veio uma voz masculina da parte mais alta do vale. - E aqui está
fedendo também.
- Aidan, parece que você bloqueou a trilha
com a pedra que rolou. Nos desculpe, caros... - Deu uma pausa outra
voz masculina vinda do mesmo lugar. - Trolls? Retiro minhas
desculpas. Na verdade lamento que a rocha não tenha acertado vocês.
- Ria.
- Ora, seu... - O irmão do meio dos três
trolls, que vestia uma pesada armadura de ferro e carregava nas mãos
uma espada larga, foi rápido em saltar pegando impulso na rocha
caída. - Quem vocês pensam que são?
A lâmina de sua espada girou no mesmo
local onde os dois vultos pareciam estar, mas ali não havia nada
para cortar, pois os dois já haviam saltado para baixo, frente a
frente com os dois trolls deixados para trás.
- Devagar demais. - Riam os dois.
A expressão dos trolls era uma mistura de
raiva e inquietação, mas quando os dois homens saíram da sombra
das árvores e as nuvens deram espaço para o brilho da lua cheia,
suas expressões foram se transformando. Primeiro em reconhecimento,
então em surpresa, e por último em medo.
- Essa marca... - O mais novo dos trolls
apontava para o símbolo da ave na manga direita da jaqueta de Aidan.
- Vocês dois são os...
Suas palavras foram interrompidas pelo
corpo do troll de armadura que despencou inerte para o fundo do vale,
deixando apenas um rastro de sangue escuro por onde seu corpo batia e
fragmentos do que parecia ser... Gelo. Os dois trolls restantes
olharam para cima, onde seu irmão deveria estar, e de lá saltou
mais um homem que se juntou aos dois primeiros. Este último vestia
um sobretudo negro com o mesmo símbolo da ave nas costas.
- O Lobo Branco! - O mais velho dos trolls
recuou um passo para trás. - Reioni...
O homem de sobretudo atirou ao chão os
pedaços da espada do troll morto. A lâmina estava congelada. Ele
então deu as costas aos trolls como se sua presença fosse
insignificante e sua voz pesada e autoritária saiu na direção dos
dois mais jovens.
- Se saírem da patrulha novamente vou
considerá-los desertores e terei imenso prazer em dilacerar cada
mísera parte de seus corpos. - A voz parecia cortar como o gelo e os
olhos azuis eram sombrios.
- Ah! Aidan se afastou! Eu apenas vim atrás
dele para levá-lo de volta. - Justificava o que parecia ser mais
novo entre os três.
- Cale a boca, Lorien! - Aidan o
acotovelava. - Olha, eu estava fazendo a patrulha quando ouvi gritos
e reclamações e isso estava me incomodando, então resolvi ver o
que era e aqui estou.
O sorriso em seu rosto brincalhão
desapareceu quando o punho do homem do sobretudo acertou seu rosto de
surpresa.
- Considere uma advertência.
- Sim, senhor. - Aidan cuspiu uma mínima
quantidade de sangue enquanto respondia contrariado as palavras do
superior.
- Vamos embora. - Disse o homem enfiando as
mãos nos bolsos e começando a subir a trilha.
- Espere aí! Você matou nosso irmão,
então morrerá também! Não me importa quem você seja, eu vou
vingar meu irmão.
O mais novo dos trolls ameaçou correr para
a espada quebrada no chão, mas em questão de segundos uma linha de
afiadas estacas de gelo pareceu sair dos pés do homem de sobretudo e
correr pelo chão até a última e afiada ponta ameaçar perfurar a
garganta do troll se ele desse mais um passo que fosse.
- Vamos. Agora. - Disse em voz baixa.
- Ahn, Rikker. - Lorien hesitou. - Eles
estão levando uma mulher contra a vontade.
- Não é problema nosso. - Tão frio
quanto o gelo que criou.
- Seu amigo tem razão, fedelhos. Façam
como ele e corram covardemente para longe. - Ria o mais novo dos
trolls.
Lorien arregalou os olhos e seu queixo
caiu, virando o olhar dos trolls para seu general. Aidan que havia
decidido se sentar sobre a rocha caída espelhava quase a mesma
expressão do parceiro, se limitando a dizer:
- Vocês tinham uma chance de sobreviver,
mas agora já era.
- Do que está falando, fedelho?
- Correr covardemente? - A voz de Rikker
vinha até divertida, mas o tom foi caindo aos poucos. - Eu não
tenho razão para temer dois trolls tão grandes quanto burros. Se
quero sair logo daqui é porque esses seus corpos verdes nojentos e
fedorentos estão me dando vontade de vomitar.
- Eu vou esmagar essa sua cabeça numa
pedra e fazer um ensopado com o que sobrar, junto com esses dois
fedelhos e essa estúpida garota.
- Irmão, está ficando frio. - Choramingou
o troll que carregava o corpo inerte.
De fato o troll não havia percebido, mas a
cada palavra dita a nuvem produzida por seu hálito era mais intensa
e o chão já se recobria de minúsculos cristais de gelo e o vento
parecia aumentar.
- Eles tiraram o Rikker do sério. - Aidan
cruzava os braços, respirando fundo.
- Achei que era um dom apenas seu. - Lorien
ria como se toda a situação fosse absolutamente normal.
O mais novo dos trolls olhou para Rikker
que estava imóvel, olhando de volta. Seus olhos azuis estavam
estreitos e seus lábios eram uma linha inexpressiva. O troll piscou
e Rikker havia desaparecido.
O Lobo Branco se movia em uma velocidade
impressionante. Aidan e Lorien o seguiam o olhar, mas era demais para
os trolls. Em questão de segundos Rikker desembainhou a longa lâmina
fina que deslizou fácil em um profundo corte horizontal na barriga
do mais novo dos trolls. Sangue e alguns pedaços de seus órgãos se
espalharam pela ferida aberta e o troll caiu de joelhos facilitando o
trabalho de Rikker em apoiar ambos os pés nos ombros da criatura
verde e ver sua espada desaparecer no topo da cabeça do troll rumo
ao resto do corpo.
Rikker deu impulso para trás usando os
ombros do troll como apoio e segurando a espada com firmeza fazendo-a
deslizar para fora do corpo verde respingando sangue escuro nos dois
jovens que observavam seu superior.
O troll restante tentou correr, mas seus
pés estavam presos em grossas camadas de gelo que ele não notou
estarem se formando sobre seus pés já lhe chegando a altura dos
joelhos.
A lâmina cortou o ar frio com um som
estridente até encontrar o ligamento do ombro direto do troll e de
baixo para cima decepar seu braço do corpo, fazendo rolar no chão o
embrulho de tecido que trazia a jovem sequestrada.
A criatura urrou de dor e se pôs a
esmurrar o ar em todas as direções com sua mão restante numa
tentativa vã de acertar o Lobo Branco da Reioni, mas Rikker já
havia parado bem a sua frente, fora do alcance de seu braço,
observando em silêncio o desespero do último dos trolls enquanto o
sangue escuro escorria por sua espada até pingar no chão
cristalizado.
Rikker levantou a mão direita em garra e
seus dedos foram se fechando na direção do troll que parecia urrar
cada vez mais alto a cada milímetro que os dedos de Rikker se
moviam.
Enfim as lanças de gelo que vinham
perfurando seu corpo desde o chão romperam seu tronco e cabeça
espalhando sangue ao redor quando os dedos de Rikker finalmente se
fecharam em punho.
- Você o perfurou de dentro pra fora com
estacas de gelo? - Lorien observava os restos semi-congelados do
troll como se fossem uma bela obra de arte. - Legal.
Rikker não respondeu. Apenas agitou sua
espada retirando o máximo possível de sangue e voltando-a para a
bainha sob o sobretudo.
Ao mesmo tempo do comentário de Lorien,
Aidan havia se aproximado do corpo encoberto, chutando o braço
decepado do troll para fora de seu caminho. Com uma faca pequena
cortou as amarradas e desenrolou o tecido.
Ali estava o corpo de uma garota que ainda
respirava. Estava ferida, suas roupas eram trapos e estava suja, mas
viva. Porém o que causou a expressão de surpresa em Aidan foi outra
característica da jovem. Os longos cabelos brancos em uma pessoa
jovem...
- Rikker. - Chamou em voz baixa. - É uma
garota da neve.
A garota então se mexeu com dificuldade e
abriu singelamente os profundos olhos azuis. Viu apenas três homens
a observando de volta. Um deles parecia mais novo que ela própria,
com cabelos loiros bem alinhados e uma expressão delicada. O outro,
mais próximo dela, tinha cabelos negros desarrumados e olhos
escuros. Exausta, seus olhos pesaram e o corpo doeu, então desmaiou,
sendo que a última coisa que conseguiu ver foi o homem mais
afastado, era alto, forte, de profundos olhos azuis e cabelo branco.
Um nevado.
Horas mais tarde a garota abriu os olhos.
Estava deitada em uma cama macia em um local silencioso. Tentou se
levantar mas o corpo ainda doía e estava fraca. Há dias não comia
nada. Fez um esforço em ao menos se sentar e olhar em volta.
Estava na verdade em um grande salão
repleto de camas iguais. Parecia ser uma enfermaria ou algo do
gênero. As paredes eram de pedra marrom mas uma grande quantidade de
tochas deixava o local iluminado e aquecido. Em uma cama mais
afastada havia alguém deitado repleto de aparelhos estranhos
conectados ao corpo, talvez em um estado grave, e do outro lado uma
cortina branca encobria por completo outra das camas. Na cama
imediatamente ao lado alguém dormia desajeitado. Um jovem.
Ele parecia ter adormecido sentado e seu
corpo caído para o lado. Vestia roupas simples e pesadas. Uma calça
preta repleta de bolsos, uma camiseta branca lisa por baixo de uma
pesada jaqueta preta e ainda estava calçando um par de botas ao
estilo militar por cima da barra da calça. Ao notar o cabelo negro e
desarrumado foi que se lembrou vagamente dos três rostos que viu
antes de desmaiar, em especial o homem de cabelos brancos.
Olhou então para si mesma. Várias partes
de seu corpo estavam cobertas por curativos ou enroladas em ataduras.
Seu cabelo estava molhado e suas roupas haviam sido trocadas por um
simples vestido azul claro sem qualquer enfeite.
- Deveria dormir um pouco mais. - A voz,
apesar de baixa e calma, assustou a garota que olhou rápida para os
lados.
Do que parecia ser a porta vinha um homem
idoso, baixo e roliço que sustentava um sorriso tranquilizador no
rosto. As roupas eram todas pretas a não ser pelo avental branco que
deixava claro seu posto médico naquele local.
- Me sinto bem. - Sussurrou em resposta.
O idoso alargou o sorriso e concordou com a
cabeça.
- Deve estar com fome então.
Uma mulher vinha pelo mesmo caminho
carregando uma bandeja com comida. Ela era alta, magra e elegante,
com longos cabelos loiros presos no alto do cabeça e que mesmo assim
chicoteavam a parte de trás de suas coxas. Vestia-se com um sapato
preto de salto alto muito elegante e um curto vestido rodado
igualmente preto. Por cima vestia também um avental branco, talvez
fosse uma enfermeira, mas a garota se pegava pensando se as cores
branco e preto eram algum tipo de padrão naquele lugar.
- Não estou certa do que gosta de comer,
mas acredito que esteja bom o suficiente.
A loira colocou em sua frente a bandeja com
um prato de sopa quente, pão e frutas, além de uma taça de vinho e
outra de água. A esta altura a garota comeria qualquer coisa, de
forma que aquilo era para ela um banquete. Sem cerimônia avançou na
comida, causando o riso discreto da loira e do idoso.
- Meu nome é Tália, e este é o Doutor
Gen. Somos os responsáveis pela enfermaria.
- Foi você quem me lavou e trocou minhas
roupas? - A garota ruborizou ao fazer a pergunta.
Tália riu.
- Sim, fui eu.
- Nossa visitante está acordada. - Outra
pessoa se fazia presente. Um garoto jovem, magro, de cabelos tão
loiros quanto os de Tália. Como os outros ali
suas roupas eram simples e seguiam o padrão branco e preto, em geral
mais preto que branco. - Como se sente?
- Bem. - Novamente sua memória piscou. -
Você estava lá quando desmaiei.
- Sim. Meu nome é Lorien, Tália é minha
irmã mais velha. - Lorien apontou para o outro adormecido na cama ao
lado. - Este é Aidan. Trouxemos você com a gente depois que
desmaiou. Precisava de cuidados médicos além de nossas capacidades.
- Havia... - A garota hesitou e sua voz se
tornou um sussurro. - Uma terceira pessoa...
- Hum? Ah! Rikker. Ele é nosso general.
Foi ele quem estripou os trolls que sequestraram você e então
pudemos te ajudar. - Lorien ria. Parecia admirar muito Rikker.
Rikker. O nevado.
- Este é o nome dele? Rikker? - Perguntou
com uma pontada de tristeza.
- Sim, é.
- Você o conhece? - Perguntou o Doutor
Gen.
- Eu esperava que sim... Mas talvez eu
esteja enganada.
Lorien pegou uma maça da bandeja de comida
mesmo sob o olhar psicótico de sua irmã e mordeu um pedaço,
falando enquanto mastigava.
- Rikker é um nevado também, mas ele não
tem contato com seu povo. - Engoliu a maça e continuou. - O general
só tem contato conosco.
Sem absolutamente nenhuma razão Lorien
pegou a metade restante da maçã e atirou no rosto do adormecido
Aidan que acordou em um salto assumindo uma postura ofensiva e
olhando ao redor.
- Hey, sua Dama-Em-Perigo já acordou e
você aí dormindo. Não seja incompetente.
- Eu juro que vou te matar. - Apesar do
sorriso em sua face as palavras de Aidan foram sinceramente
ameaçadoras.
- Não se preocupe. - Tália piscou para a
garota. - Estes dois foram criados juntos desde pequenos e são como
gêmeos siameses.
- Aidan não saiu dessa enfermaria um único
minuto desde que você chegou. - Lorien disse e no segundo seguinte
uma laranja voadora deixava um perfeito círculo avermelhado no meio
de sua testa.
- Vou arrancar sua língua se não calar a
boca, Lorien! - O moreno pigarreou e ajeitou as roupas amassadas pelo
sono. - Muito prazer, meu nome é Aidan e estou ao seu dispor.
No mesmo instante Lorien explodia em
gargalhadas, e Tália e o doutor Gen se esforçavam em não rir,
deixando Aidan ruborizado e sem graça.
- Nosso garoto-problema sendo educado. Já
posso aceitar a minha morte. - Doutor Gen ria agora com vontade.
- Obrigada. - A garota cortou com um
sorriso. - Por me ajudarem. Mas, há quanto tempo estou aqui?
- Três dias. - Aidan sentava desleixado na
cama onde estivera adormecido se servindo de várias uvas ao mesmo
tempo.
Ao ouvir por quanto tempo esteve
inconsciente, a garota se agitou e tentou se levantar chutando os
lençóis, sendo impedida por Lorien e Aidan e com as insistentes
palavras do médico e enfermeira de que não deveria se levantar.
- Sou muito grata a vocês todos, lhes devo
minha vida, mas preciso partir. - Disse mais alto do que pretendia.
- Para onde precisa ir com tanta urgência?
- Lorien a empurrava de volta a cama com dificuldade pela insistência
da garota em se levantar. - Podemos levá-la se esperar se curar. Não
faça loucuras.
- Eu preciso chegar até o Clã! - Sua voz
vinha mais alta, tentando subjugar todas as outras na sala. - Preciso
pedir a ajuda deles! É muito importante! Deixem-me ir! Preciso
encontrar o Reioni!
- Você está no Reioni. - A voz firme veio
da porta e junto com ela todos os outros calaram a boca
imediatamente.
Aidan que estava sentado desleixado se
levantou em posição ereta perfeita. Tália e o Doutor Gen que já
estavam em pé baixaram
as cabeças em respeito. Lorien soltou a garota e também assumiu uma
postura formal.
Caminhando com determinação vinha uma
mulher de estatura mediana com longos e lisos cabelos de um vermelho
forte. Seus olhos eram duros e determinados. Trajava um vestido preto
curto e esvoaçante de mangas longas e no chão de pedra fazia o eco
do salto das longas botas negras. Sua aparência era inconfundível e
preenchia lendas e fábulas sobre sua história, encantando e
causando medo nos mais valentes homens. A Imperatriz de Fogo, a Dama
Negra, a Líder Reioni...
- Ayla Volkan. - Um sussurro da voz da
garota.
- Você está no Castelo Reioni, e o que eu
quero saber é quem é você? - Ayla impunha respeito até com poucas
palavras.
Livre das
mãos dos outros, a garota se levantou da cama o mais rápido que
pode e se ajoelhou junto aos pés de Ayla lhe segurando firme pela
mão. Sua voz veio alta, desesperada e chorosa:
- Vim até aqui implorar por sua ajuda,
Ayla Volkan. - Lágrimas se formavam em seus olhos, mas bravamente as
continha. - Meu nome é Marion Neherenia, e eu sou...
Seus olhares se viraram para a porta ao som
de vidro quebrado pois as palavras de Marion foram interrompidas
quando Rikker deixou cair um vaso de cristal que espalhou água e
lírios brancos pelo chão. No rosto do homem alto de cabelos brancos
se instalava a mais profunda e absoluta surpresa. Uma expressão que
se espalharia para todos
naquela sala quando o próprio Rikker completasse a frase de Marion:
- A Princesa do País de Gelo.
~ Continua ~
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